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A psicologia analítica reflete sobre os relacionamentos de casal e seus símbolos visando compreender a relevância desses componentes dentro do processo terapêutico. O trabalho entende o relacionamento de casal como um fenômeno que pode auxiliar o sujeito a ressignificar suas experiências de vida, de maneira a favorecer o processo de individuação e suscitar transformações na estrutura psíquica. Os arquétipos animus e anima e suas imagens relacionadas assumem um movimento dentro do psiquismo e da relação amorosa, do vínculo afetivo.
Evidencia-se assim que, como ocorre com outros arquétipos que fazem parte da estrutura psíquica, a energia relacionada a animus e anima pode corroborar o entendimento sobre a psicodinâmica e a compreensão sobre certas ações humanas, que movimentam os sujeitos na busca por um companheiro, como uma forma de se sentirem mais completos em suas experiências de vida. Através da psicoterapia de casal é possível compreender a maneira como essas energias podem ser percebidas em vivências de casal, em busca do autoconhecimento e a sua influência nas projeções conjugais.
Dentro da perspectiva junguiana, especificamente em relação ao tema, podemos considerar que características vinculadas aos aspectos femininos da personalidade – anima – buscam a vivência dos sentimentos e emoções, diferentemente dos aspectos masculinos da personalidade – animus – que buscam criar estabilidade e constância (Jung, 2005). Com isso, na relação, é preciso haver sacrifícios que proporcionem ligações profundas, verdadeiras, duradouras e responsáveis. Pensar o amor dessa forma, permite-se entendêlo como um ideal de doação de cada parte que compõe o casal. Nesse sentido, Pessoa (2017) afirma que essa unidade que chamamos de “nós”, a união do eu-outro, requer a exclusão da idealização do outro (projeções), retirando expectativas de que o outro nos complete.
FONTE: TOBIAS, Thaisa; DE AGUIAR MIGUEL, Raquel; DA ROCHA, Mauro Sérgio. A vida compartilhada. Self-Revista Do Instituto Junguiano De São Paulo, v. 5, p. 1-18, 2020.
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